Os revisores de texto do Congresso mais uma vez erraram quanto ao emprego do vocábulo "Praça". O artigo 33 da lei 12086 diz: "A Praça a que se refere o art.32 frequentará o Curso de Habilitação de Oficiais na graduação em que se encontra..."
Repetindo erros anteriores, os revisores se referem ao policial do Quadro de Praças como "A Praça" Erro. No gênero feminino, praça se refere a lugar público: A Praça dos Três Poderes. Na acepção de soldado, cabo, sargento e subtenente, o vocábulo deve ser usado no gênero masculino. Como nesse exemplo de de Paschoal Cegalla: "Vi um praça entrando no quartel"[Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa, RJ, Nova Fronteira, 1999]
Os bons escritores também usam o gênero masculino para se referir a esses militares. Vejamos: "Onde estão os praças de cavalaria, que já não tilintam esporas na calçada?" (Dalton Trevisan, O Vampiro de Curitiba, p.138). Podem dizer: "Está na Lei". Não importa. Erro oficial não deixa de ser erro. Ademais, quem legisla e interpreta a norma culta da língua são outras autoridades: Suas Exas - Evanildo Bechara, Domingos Paschoal Cegalla, Saconni, Eduardo Martins, etc. Não pertenço à "Brigada dos Mártires de al Gramática". Tenho perspectiva sociolingüística, mas texto oficial tem de primar pela norma culta e pelo Volp.
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