Certamente os nomes não expressem bem os grupos, algo comum a qualquer generalização, pois ignora as interações, entradas e saídas que cada grupo possui, e cada policial em si. Mas, como todo texto publicado neste blog, trata-se apenas de uma provocação à discussão. Vamos lá:
Projeto de Segurança Pública
Projeto de Polícia
Defende altos salários, viaturas novas, repartições luxuosas, regalias e privilégios, sem necessariamente se importar com as contrapartidas sociais. Chega a ficar indignado quando vê policiais que “mancham” a instituição, notadamente quando se trata de corrupção – mas tem pudores quando se faz necessário denunciar um colega.
Projeto de Poder
O policial que desempenha apenas um projeto de poder se utiliza de práticas como as citadas acima, convenientemente adequadas ao público que o circunda. Em vez de ter o cidadão ou a corporação como fim, possui ambos como meio. É capaz tanto de desmerecer e subjugar um como o outro, pois visa apenas o fim pessoal em suas ações. Aqui se enquadra o corrupto, ou mesmo aquele que age visando uma função ou cargo.
A ânsia pelo poder faz o policial fingir falsas indignações, elogiar mentirosamente, omitir-se à vista do mal, punir inocentes e absolver culpados. O projeto de poder segue à máxima que diz que “onde há um senhor, há um escravo”, de modo que o escravo fatalmente trabalhará, às vezes inconscientemente, para tornar viável a ascensão do senhor. “Perversidade”, “covardia” e “manipulação” são palavras-chave aqui.
* * *
Como dito, a divisão feita é uma grosseira generalização, mas cada policial certamente encontrará um pouco de si em um ou outro grupo. Dispensando julgar qual dos três é o melhor projeto, deixo ao leitor a tarefa de autoreflexão, e identificação em seu meio de quem age de qual modo.
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