sábado, 10 de março de 2012

Tragédia com o soldado da PM Bruno Smith completa um ano sem apuração dos verdadeiros responsáveis por sua morte



O desfecho de um assalto a um estabelecimento comercial em Jucurutu-RN e que foi uma carnificina poucas vezes vista na região completa um ano amanhã. O SD Bruno Smith, como P2 do 6º BPM em Caicó, investigava uma quadrilha e eis que, em uma ação mal planejada, ele foi alvejado e veio a óbito. Aparentemente uma morte heroica em ação,se não fosse por um detalhe. A bala ou as balas que mataram Smith partiram de uma arma da polícia. 

 O 6º BPM abriu uma sindicância interna para apurar o caso que levou a um IPM (inquérito Policial Militar) presidido pelo Coronel Welligton Arcanjo. A  conclusão com as causas e circunstâncias do ocorrido revelou-se uma peça jurídica fraca, inconclusiva, já que não apurou o que de fato ocorreu.Foi feito uma perícia na bala encontrada no corpo do policial e comparada com as usadas por PMs participantes da ação e ainda foi feita uma reconstituição em Jucurutu. Após constatar o óbvio, ou seja, que a bala saiu da arma de um policial, foi indiciado o SD Wellington Pereira de Lacerda, pertencente a Companhia de Jucurutu. Apenas o policial foi indiciado e acusado por ter sido o autor do disparo. 

O que o inquérito se esqueceu de documentar é que soldado não aperta o gatilho sozinho. Toda a ação foi mal planejada e não atentou para a segurança daqueles que a executaram.Quem planeja a ação não é soldado, este apenas executa ordens  superiores. O certo é que perguntas ainda estão sem respostas. Como foi organizada a missão? Quem planejou? Foram tomadas todas as providências para garantir o êxito e a segurança dos policiais envolvidos? Porque o Inquérito demorou tanto para ser concluído? Porque indiciar somente o soldado se ele é o que menos tem culpa pelo que aconteceu? Os comandantes da Operação não serão responsabilizados ? Isso o inquérito não apurou. Porque? Esta pergunta precisa de resposta.

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