sexta-feira, 18 de abril de 2014

Após prisão de líder, PM’s ameaçam retomar greve na Bahia

Os policiais militares da Bahia ameaçam retomar a greve no Estado em retaliação à prisão, nesta sexta-feira (18), do soldado Marco Prisco, líder do movimento encerrado nesta semana.

Vereador em Salvador pelo PSDB e diretor-geral da ASPRA, uma das associações que encabeçaram a paralisação, Prisco foi detido pela Polícia Federal em um resort na região da Costa do Sauípe (litoral norte da Bahia), segundo informações do Ministério Público Federal.

De acordo com o vice-presidente da ASPRA, Fábio Brito, a prisão de Prisco poderá desencadear uma nova paralisação da PM baiana. A paralisação anterior durou cerca de dois dias e foi encerrada ontem (17) após acordo entre os policiais e o governo do Estado. Brito afirmou que líderes da categoria estão reunidos e devem realizar uma nova assembleia nesta sexta, no mesmo parque aquático inativo onde foi deflagrada a greve da última terça-feira (15).

“Foi uma traição. Assim fica difícil confiar nos Poderes da Bahia. Os policiais não ficaram satisfeitos em saber que no dia seguinte ao fim da greve um dos nossos líderes foi preso”, disse. A prisão, segundo a Procuradoria, que fez o pedido, não tem relação com a greve desta semana, mas com a paralisação de 2012.

O Ministério Público Federal move desde abril de 2013 uma ação penal que resultou na denúncia de Prisco e de outras seis pessoas sob acusação de crimes cometidos durante a greve anterior da PM baiana, que durou 12 dias entre janeiro e fevereiro de 2012.

Em nota, o MPF afirmou que Prisco é processado por “crime político grave” e que a intenção do pedido de prisão foi “garantir a ordem pública”. O vereador será levado para Brasília, onde ficará no Complexo Penitenciário da Papuda. Qualquer recurso contra sua detenção, segundo o MPF, só poderá ser ajuizado no STF.

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