segunda-feira, 29 de julho de 2013

Educadores elogiam ação da PM/RN junto às escolas

29/07/2013 - Educadores elogiam ação da PM junto às escolas

Por causa das férias escolares do meio do ano, nas escolas estaduais e particulares, o projeto “Ronda Escolar” havia, praticamente, entrado em recesso. Mas com a antecipação do fim das férias nas escolas municipais, as viaturas da Polícia Militar do Rio Grande do Norte voltaram a circular pelo entorno das escolas, como foi na Escola Municipal Noilde Ramalho, na comunidade da África, na Redinha.

A diretora da escola, Ana Lúcia da Silva Queiroz, disse que na sua unidade nunca houve histórico de tentativa de aliciamento ou venda de drogas, primeiro porque lá só estudam crianças com até 12 anos, nos primeiros anos do ensino fundamental. Porém, ela disse que a presença a ronda da PM “ajuda como prevenção”. Ana Lúcia Queiroz explicou que o Proerd também é importante para a comunidade escolar - “ano passado a gente não teve e os alunos ficaram perguntando quando ia voltar”.

Segundo ela, o Proerd não entra em conflito com a grade pedagógica da escola, porque o instrutor, um policial treinado, quando vai falar para as crianças sobre os efeitos da droga para o usuário, “aproveita a aula sobre o corpo humano”.

Ela explicou que as aulas do Proerd ocorrem uma vez por semana e na Escola Municipal Noilde Ramalho, onde existem duas turmas com faixa etária média de 12 anos, principal alvo do Proerd, as aulas ocorrem na quinta-feira, uma começando às 12 horas e outra às 13h. O cabo Sérgio Sérgio Souza comanda uma guarnição do “Ronda Escolar” na Zona Norte de Natal e disse que na África não tem ocorrências que tragam alguma preocupação.

Segundo ele, a guarnição atende com mais frequência ocorrências, principalmente no horário da tarde ou à noite, quando estudam os adolescentes, nas Escolas Waldson Pinheiro e Dulce Wanderley, situadas respectivamente no Vale Dourado e na Redinha. Souza acha que uma viatura só é muito pouco para dar conta de toda a Zona Norte. “Precisamos de pelo menos duas”.

O comandante do Cipred, major Arthur Monteiro de Araújo, confirma que no começo do projeto, havia dez viaturas policiais à disposição do “Ronda Escolar”, número que foi reduzido a seis, e que no momento não existe previsão para a volta das outras quatro. Segundo ele, o projeto atende no Estado, anualmente, mais de 70 mil crianças em Natal e no interior e pode não impedir, que num futuro, um adolescente ou uma pessoa em fase adulta venha a usar droga até pela curiosidade.

Porém, o major Arthur Araújo diz que uma criança, futuramente vai estar mais preparada para “dizer um não ou como deve agir” em casos de aliciamento, inclusive por colega que lhe oferece droga: “Ele vai dizer que não tem receio de perder um amigo e vai entender que pode ter outros amigos sem precisar usar drogas”.

O tenente Willame Bruno da Silva comanda o 1º Pelotão do Cipred que executa o Proerd, e afirmou que esse programa “é só um dos três eixos” que pode atuar no combate às drogas: “O primeiro é a prevenção, o segundo é a repressão ao crime e em terceiro o tratamento clínico para o jovem que tenta se ressocializar”.

Segundo o tenente, o Proerd é exatamente o primeiro eixo, dentre diversas instituições que atuam para minimizar o problema das drogas. “A gente tem feito a nossa parte nas escolas e no entorno delas, mas temos visto que o tráfico de drogas tem sofrido migração, saindo do ambiente escolar”, afirmou.

Infelizmente, disse o tenente, o crime organizado trabalha em rede, enquanto na área do poder publico falta uma integração entre todos os órgãos envolvidos, “que trabalha individualmente, cada um fazendo um pouco, mas pra melhorar é preciso um trabalho articulado, saber o que o outro está fazendo”.

O Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) foi implantado no Brasil há 20 anos, mas no Rio Grande do Norte foi efetivado no ano de 2002. No início, a primeira turma contou com apenas cinco policiais e atendeu 100 crianças e jovens.

Araújo conta que o Proerd e o Ronda Escolar contam com 100 praças cada projeto, que atuam no campo e na área administrativa e de apoio. No caso dos praças da Ronda Escolar, eles cumprem uma jornada de 12 horas, de 6:30 às 18 horas e de 12:30 às 23:30.

Perfil do instrutor do Proerd

à Ser voluntário
à Ter experiência em atividade educacional
à Ter facilidade de comunicação
à Ter criatividade
à Não ser fumante
à Não fazer uso abusivo de álcool
àTer curso de habilitação 80 horas/aulas

Objetivos do Proerd

à Envolver a polícia, a escola, a família e a comunidade na problemática das drogas e da violência
à Desenvolver uma ação pedagógica de prevenção ao uso indevido de drogas e a prática da violência nas escolas
à Desenvolver o espírito de solidariedade, de cidadania e de comunidade na escola
à Sensibilizar os pais e os educadores para o trabalho de prevenção ao uso indevido de drogas e à prática da violência;
à Promover o desenvolvimento de valores positivos
à Fortalecer a autoestima das crianças e dos adolescentes
à Sensibilizar as crianças e os adolescentes para que desenvolvam estilos de vida saudável
à Sensibilizar as crianças e os adolescentes para que reconheçam e resistam às pressões diretas ou indiretas que poderão influenciá-los a experimentar drogas ou mesmo a agirem com violência

Fonte - Proerd

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