terça-feira, 5 de março de 2013

“Antes morresse trocando tiros, pois é um risco em minha profissão, mas morrer por falta de condições de trabalho, esse risco nenhum policial deve aceitar”, desabafa policial militar

Um assalto na agência dos correios no Município de São Rafael fez com que um policial militar fosse à internet e realizasse um desabafo acerca das condições de trabalho.

O assalto ocorreu nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (04) e os PM’s saíram em perseguição aos suspeitos. No entanto, o risco maior dos militares não eram os bandidos, mas a própria viatura. De acordo com o PM, os pneus da viatura estavam em péssimas condições.

“Estávamos em perseguição pela RN 118, quando em uma curva um dos pneus da viatura estourou, por virmos em uma velocidade compatível para uma perseguição não conseguimos parar no momento do estouro do pneu, saímos fazendo zigue zague na pista , até subirmos no acostamento e estourarmos outro pneu”, relatou o militar. Com o incidente, os policiais receberam o apoio de outra viatura que forneceu um pneu e o outro utilizado teria sido o estepe da própria viatura. Contudo, o pneu de suporte também furou. “Sorte que ia passando no momento um cidadão que nos cedeu o pneu de suporte do seu veículo. Fiquei com tanta vergonha que me achei na obrigação de pagá-lo, e o fiz”, continua o PM.

A falta de condições de trabalho é uma realidade em Municípios do interior do Estado, onde muitas vezes os policiais recebem ajuda de prefeituras e até mesmo da população para tentar garantir a segurança pública. Ainda na denúncia, o militar ainda afirma a viatura é desprovida de itens obrigatórios e de segurança como o registrador de velocidade e a buzina, respectivamente, além do rádio comunicador da viatura apresentar problemas.

“Antes morresse trocando tiros, pois é um risco que existe em minha profissão, mas morrer por falta de condições de trabalho, esse risco nenhum de nós, policiais, deve aceitar!”, concluiu o desabafo o militar. Apesar de ter se identificado, o blog irá omitir o nome do policial militar que realizou o desabafo.

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