sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Descaso com o policiamento de trânsito da região seridó

O mais recém-chegado comandante do policiamento do 3º DPRE, Major QOPM Silva Neto, vai enfrentar o que chamamos de problemão. Não pelo fato de que o antigo comandante não pudesse resolver, a competência é do estado, mas, a verdade é que Caicó enfrenta isso há algum tempo, e percebemos ao andar pelas ruas da cidade, que em alguns horários é notório a falta de policiamento.
Viatura que foi para conserto em Natal e nunca mais voltou
A municipalização do transito é previsto no código de transito brasileiro. Caicó como também cidades do mesmo porte já são merecedores de medidas como esta para serem implantadas nos municípios.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou uma pesquisa apontando que entre os 5.241 municípios brasileiros, cerca de 900 haviam adotado a municipalização do trânsito para atender as exigências do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), integrando-se ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT).

A integração é obrigatória para todos os municípios, independentemente do tamanho, receita e quadro de pessoal. Sua implantação, assim como de outras determinações do CTB, vem se dando de forma gradativa. A experiência demonstra que a municipalização melhora consideravelmente as condições do trânsito nas cidades e a qualidade de vida na população. Um órgão municipal de trânsito pode planejar melhor a sinalização, educação, estatísticas, políticas de estacionamento, toda a engenharia de tráfego, observando as peculiaridades daquela comunidade, assim como agentes próprios melhoram significativamente a fiscalização, provocando a mudança comportamental.


Se tratando de estrutura, o pouquíssimo policiamento do 3º DPRE vem enfrentando a precariedade de material para exercer suas atividades. Hoje, a instituição trabalha com material emprestado pelo 6º BPM, e para se tornar um serviço dentro do padrão exigido, falta muita coisa.
Pátio do 3º DPRE não regularizado para veículos apreendidos
A alimentação dos policiais de Currais Novos é custeada do próprio bolso e na maioria das vezes em Caicó os policiais vão comer em suas próprias casas, deixando a cidade sem policiamento. Mas a precariedade vai mais além, como, falta de armamento, bafômetro, coletes, computadores, viaturas, que inclusive foi uma para conserto em Natal e até essa data não mandaram de volta e a única que ainda funciona, encontra-se em péssimo estado de conservação. Sem falar que o distrito não tem instalações próprias; o prédio onde funciona atualmente é emprestado pelo município e o estacionamento não é regularizado para comportar os veículos apreendidos.
As instalações são emprestadas e não tem segurança para os policiais
Se a polícia de trânsito passa por esse descaso sendo um órgão que arrecada para o estado, imagine o que pode acontecer com as demais instituições no âmbito da segurança pública. Medidas tem que serem tomadas para que a população não venha sofrer com a falta de estrutura, e daí venha o incentivo para desordem no trânsito.

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