segunda-feira, 20 de novembro de 2017

No Dia da Consciência Negra, associações prestam homenagem a João Cândido, o praça revolucionário

Dia 20 de novembro é Dia da Consciência Negra. Criado em 2003 para o âmbito escolar e instituído em todo o país oficialmente em 2011, a data destina-se à reflexão do negro na sociedade brasileira. O dia coincide com a data atribuída à de Zumbi dos Palmares, em 1695.

Para os militares, vale recordar a memória do praça João Cândido Felisberto, conhecido como “Almirante Negro”, líder da Revolta da Chibata, motim naval ocorrido no Rio de Janeiro em 1910 contra o direito dos oficiais brancos de punir marinheiros mulatos e afrodescendentes com chibatadas. 

Nascido em 1880 na cidade de Encruzilhada do Sul (RS), João Cândido entrou na Marinha com apenas 13 anos e teve uma vasta carreira, participando inclusive de conflitos internacionais, como o Encouraçado Potemkin, reivindicação dos marinheiros russos de 1905 por melhores condições de trabalho, movimento que deu origem ao filme homônimo.

Preso e perseguido pelo Governo por suas lutas, viveu precariamente, esquecido e abandonado, sendo postumamente reconhecido e homenageado. Em 2007, ganhou um monumento no Museu da República, ex-sede do Governo Federal.

A figura de João Cândido inspira luta por melhores condições para os praças militares. Mesmo perseguido, continuou em frente com seus ideais, ganhando destaque nacional a despeito de perseguições e preconceitos. Seu esforço revolucionário chamou atenção nacional para as condições na Marinha brasileira e assegurou reflexões a respeito das injustiças então praticadas.

João Cândido mostra que, com esforço e determinação, mesmo em face de condições as mais adversas, é possível conquistar melhorias nas condições de trabalho para militares, com empenho e dedicação.

Neste dia, as associações de Praças potiguares prestam sua homenagem a esse valoroso brasileiro. 

Assessoria de Comunicação das Associações de Praças do RN


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